sexta-feira, 11 de maio de 2007

Sepse

Sepse é um assunto muito extenso portanto vamos por partes.
Primeiro o diagnóstico deve ser feito.
Paciente é atendido com queixa de tosse com expectoração purulenta e ao exame tem temp 39°C, FC= 110 bpm e FR=30 irpm. Este paciente tão comum tem SEPSE ( SIRS- taquicardia, taquipnéia e febre com foco infeccioso suspeito: pulmonar). O mesmo paciente com FC= 85 e FR= 20 pode ou não ter sepse pois falta o leucograma. Se ele tem leucocitose ou bastões > 10% + febre + foco infeccioso então é sepse.
E agora resta saber se é sepse severa- sepse com disfunção orgânica. Precisamos de exames- lactato se > 4mmol/l ou plaquetas<> 1,2mg/dl, bilirrubina total > 1,2, rebaixamento do nível de consciência, hipoxemia ou hipotensão então estamos diante de sepse severa com mortalidade de 35% a 50%. Se a disfunção for cardiovascular ou seja hipotensão temos então choque septico com mortalidade de 50 a 65%.
Aquele nosso paciente com sepse ficou sonolento ou refere que reduziu a diurese ele tem sepse severa.
Sabem porque é tão importante dar o diagnóstico correto? Para não atrasar a terapêutica que nos casos de sepse grave deve ser agressiva e precoce. Por que? Para tentarmos reduzir a mortalidade que é tão alta e a terapêutica só tem impacto na mortalidade se for precoce.
NA SEPSE TEMPO É VIDA.