quarta-feira, 31 de outubro de 2007

resposta caso 2

Paciente com ICC global, sinasi de insuficência direita (estase jugulares, hepatomegalia e edema de MMII), como esquerda (pulmão com crépitos bilaterais). Com isso, houve diminuição do DC, aumento da resistência periférica na tentativa de manter aporte sanguíneo para os órgãos principais, levando a insuficência pré-renal, aumento de eletrólitos NA e K (ajudado por está em uso de espinorolactona). Paciente diagnosticado com BAVT com FC com bradicardia importante, podendo pensar para essa paciente um IAM, por diabética e hipertensa, com lesão extensa de parede anterior (agora o ECG não mostrou outras alterações), ou a paciente possui uma miocardiopatia Chagásica de longa data.
Condutas:
Hemograma completo
Sorologia para chagas- Machado Guerreiro
Glicemia
Lactato
Sumário de Urina
Enzimas cardíacas, Ecocardiograma avaliar a dilatação e fração de ejeção
PAM, PVC, gasometria
Analgesia
Controle glicêmico
furosemida- “secar” essa paciente, diminuir a elevação dos eletrólitos
Associação de hidralazina/Nitrato pois não se pode usar os IECAs neste caso pois a paciente possui hipercalemia IRA-pré-renal
Levosideman (sensibilizador de cálcio)- inotrópico que não aumenta o consumo de o2 pelo miocárdio
Uma bradicardia importante com bloqueio total necessita do uso de marcapasso, provavelmente em modo DDD

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Caso clínico 2

Caso clínico – 2

Paciente do sexo feminino, 72 anos portadora de HAS que há 4 dias começou a apresentar episódios curtos de perda temporária da consciência. Nas últimas 12h apresentou confusão mental e sonolência. Hipertensa e diabética de longa data em uso de captopril 100mg/dia e espironolactona 25mg/dia. Ao exame: FC= 32 bpm; PA= 180 x 70 mmHg; FR= 28irpm, dispnéica apresentava creptos bibasais, estase jugulares, hepatomegalia e edema de MMII. Sonolenta, sem defict focal. Exames: ECG: BAVT, Rx tórax: cardiomegalia, infiltrados alveolares em ambas as bases, K= 8,0 mEq/L, uréia= 90 mg/dL; creatinina= 4,0 mg/dL; sódio= 149 mmol/L.
Quais são as suspeitas?
Qual a conduta a ser adotada?

Caso clínico 1 - final

Parabéns a todos
Caso clínico 1
SD: Sepse grave / ITU / hipernatremia hipovolêmica/ IRA
CD: hidratação / medidas para sepse ( que serão discutidas adiante)
Objetivo: estudo de hipernatremia
Favor revisar hipernatremia: etiologia, quadro clínico e tratamento atentando para formula para correção e riscos do tratamento

domingo, 28 de outubro de 2007

Caso 1

SDs: 1)Hipernatremia hipovolêmica 2)Sepse grave 3)IRA pré-renal 4) Acidose metabólica 5) Cardiopatia hipertensiva
Paciente apresenta hipernatremia hipovolêmica, possivelmente devido a perda de água superior à perda de sódio (a paciente deve ter ingerido muito pouco líquido nos 2 dias em que apresentou RNC antes da admissão, apresenta-se muito desitratada ao exame físico, além das perda hídricas renais e não renais). O aumento de osmolalidade plasmática deve ter puxado água do cérebro, dando atrofia vista à TC, além de uma atrofia senil (paciente com 85 anos). Paciente com 2 critérios para SRIS (FC>90bpm e FR>20ipm), um possível foco infeccioso suspeitado pela leucocitúria além de importante disfunção orgânica (creatinina> 2,0 mg/dL, PAS <90mmhg>4). Até então, ela tem diagnóstico de possível sepse grave (confirmar com urocultura/hemocultura), podendo entrar em choque séptico se sua hipotensão for persistente e não-responsiva a volume. Deve apresentar IRA-pré renal, tendo relação uréia/creatinina>40 (ou intrínseca, a depender do tempo de isquemia após hivolemia, confirmando com parâmetros como presença de cilindros granulosos, FENa e osmolalidade urinária). PH baixo com HCO3=16 e BE=-16 indicando acidose metabólica por perda de bicarbonato, consumido pela elevação do lactato e pela própria IRA. O ânion gap deve estar elevado e a depender do valor, pode “mascarar” uma alcalose metabólica superposta por uso de diuréticos. PCO2 com valor compensatório esperado, não havendo distúrbio respiratório associado. Exames de ECG e RX apontam para cardiopatia hipertensiva, com o quadro descrito levando a possível ICC descompensada.
Condutas: Repouso absoluto a 45o nas próximas 24hs; Suporte nutricioal enteral; Suporte ventilatório não-invasivo com suplementação de O2; Reposição volêmica com NaCl a 0,45%, em taxa de infusão contínua adequada e Na alvo de 145, com correção aguda inicial de 1mEq/h e crônica de 0,5mEq/h. Se pressão arterial não responder com reposição administrar nora/dopa. Doses baixas de corticóide se houver choque séptico refratário a droga vasosativa. Antibioticoterapia de amplo espectro para ITU comunitária (ciprofloxacin 500mg IV 2x). Solicitar hemoculturas, monitorar balanço hídrico, instalar sonda vesical e acesso venoso central. Controle glicêmico entre limite inferior de normalidade e 150mg/dl.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Resposta caso 1

Paciente com FC >90 (132bpm) e FR > 20 (24ipm) e ITU evidenciada (SU 100 leucócitos/ campo) associada à RNC e hipoperfusão renal (disfunção orgânica) podemos dizer que está em sepse grave. Classificamos a paciente em um choque em estado hipodinâmico por apresentar RNC, taquicardia, taquipnéia, BE < -5 (-16), lactato > 4 (42) e hipotensão arterial. Sugere-se um quadro de choque séptico, apenas confirmado se não responder a reposição de fluidos.
Observamos por conta dessa deficiência de perfusão uma IRA pré-renal com azotemia o que pode contribuir para o RNC.
Observa-se uma acidose metabólica com compensação respiratória (pCO2 esperado de 32, igual ao resultado da gasometria) e a variação do pH não muito elevada, sendo que o BE sugere um quadro mais crônico/insidioso (BE= -16).
Cursou ainda com uma hipernatremia hipovolêmica (Na= 168 mEq) e hipercalemia.

Conduta:
Reposição volêmica, hemocultura, urocultura, antibioticoterapia de largo espectro esperando o resultado das culturas e suporte ventilatório não invasivo de aumento da oferta de O2, por exemplo, com uma máscara de Hudson e fluxo de oxigênio. ( relação PO2/FiO2= 342).

Administrar dobutamina associada à dopamina (em dose 5-10microg/kg/h contribuirá com natriurese) .

Para correção da hipenatremia, não repor mais da metade do volume calculado nas primeiras 24h para não fazer um edema cerebral (aconselha-se 0,5 mEq/l/h de correção).


Monitorizar o débito urinário para avaliar resposta ao tratamento e colher eletrólitos urinários (cateter de Foley).
SatO2 arterial e venosa, PAM invasiva, PAP, PVC e PCP (avaliar necessidade de Swan-Ganz conforme resposta da paciente).

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

resposta do caso clínico 1

paciente com Itu, o que a levou a uma descompensação de uma ICC prévia, baixo DC, hipovolemia, levando a choque e azotermia pre-renal. Os medicamentos anti-hipertensivos que a paciente vem utilizando podem ter contribuído para essa descompensação por diminuição da resistência periférica. FC= 132; FR= 24;PA= 60/40; rebaixamento de NC (Glasgow 9); lactato= 42. proteína C reativa= 268mg/L.
O aumento da hemoglobina pode ter sido por hemólise devido a IRA. Hb= 15,7 d/dL.
Conduta: cateterização PAM, cateter nasal (melhorar essa po2).
ecocardiograma- avaliar a fração de ejeção da paciente, sobrecarga
USG renal- avaliar rim e prefusão renal.
urina tipo II com antibiograma, hemocultura com antibiograma.
reopsição volêmica intensa, com uso de furosemida e manitol (diminuir essa provável osmolaridade urinária e eletrólitos).
Dopamina melhorar tanto essa função cardíaca como a função renal ( aumenta TFG)
Entrar com ATB principalmente para Gram-negativo (Escherichia coli).
O diagnóstico do HGA- deve ser uma acidose metabólica diminuição de hco3, devido tanto a hipoperfusão como da azotermia pré-renal com hiperpotassemia, sendo o ph compensado pela aumento da ventilação Pco2 de 32mmgh.

sugestão para o caso clínico 1

Paciente com FC= 132; FR= 24;PA= 60/40; rebaixamento de NC (Glasgow 9); lactato= 42; sumário de urina com 100 leucócitos por campo. Paciente em choque hipovolemico com Sepse Severa (para diagnóstico de choque séptico ainda precisaria saber a resposta a reposição volêmica...)

ECG= sobrecarga de câmara esquerda
Rx tórax= aumento da área cardíaca
lembrando que a paciente é hipertensa, provável Insuficiência Cardíaca.

Suspeita: Paciente idosa com infecção urinária, sem elevar leucócitos e sem febre, evolui para sepse. Cursando com acidose metabólica ph=7,33 (HCO3=16)tendo resposta respiratória compensatória (pCO2 esperado= 32) por isso o ph pouco alterado.
Devido à acidose metabólica a paciente evoluiu com desidratação, cursando com hipoperfusão tecidual levando acometimento renal (pré-renal ur/creat ~100). Cursando com hipernatremia pela desidratação. Hipoperfusão tecidual e elevação acentuada de uréia agravando o quadro neurológico.

Pensei ainda numa insuf. cardíaca descompensada por infecção urinária, porém o exame físico de tórax fala contra.

Conduta: reposição volêmica, hemocultura, cultura de urina, antibioticoterapia de amplo espectro até isolamento de pátogeno, suporte ventilatório não invasivo ( relação PO2/FiO2= 342 e Glasgow=9).

Intubação

Vejam os vídeos de intubação. Clicando no video na parte inferior da página, voltem ao topo da página para assisti-lo

exames caso clínico 1

Resultado de exames:
Hb= 15,7 d/dL; leuco= 9.600/ mm3; plaquetas= 235.000; Na= 168 mEq/L; K=5,1 mEq/L; uréia= 268 mg/dL; creatinina= 2,8 mg/dL; glicemia= 95mg/dL. HGA- pH= 7,33; PO2=72 mmHg; PCO2= 32 mmHg; bic= 16 mmol/L; BE= -16; lactato= 42 mg/dl; proteína C reativa= 268mg/L. ECG- sobrecarga de câmaras esquerdas; Rx tórax- aumento de área cardíaca; TC crânio – atrofia cerebral difusa. sumário de urina- 100 leucócitos por campo.
Quais as SD agora?
Qual a conduta que deve ser adotada?
Qual o diagnóstico que pode ser dado pela HGA?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Resposta caso 1

Solicitaria:

ECG, oxímetria de pulso, gasometria arterial e lactato.
Hemograma, uréia e creatinina, Na, K, glicemia séricos.
Monitorização do débito urinário, Sumário de urina, Na urinário, FeNa.
Após abordagem inicial do paciente em choque, solicitaria a monitorização da pressão venosa central (catéter Swan-Ganz).


Suspeitas diagnosticas iniciais:

1-( RNC, hipotensão, taquicardia, taquipnéia + desidratação + diuréticos)- Choque hipovolêmico ?
2-RNC há 1 mês de etiologia metabólica: hiponatremia ?


O quadro insidioso de desorientação e redução do nível de consciência ( 30 dias de evolução) é sugestivo de uma causa metabólica. A história aponta o uso de diuréticos como principal fator etiológico, apesar do paciente estar em uso de uma dosagem relativamente segura de Clortalidona, determinando uma possível hiponatremia. A descompensação do quadro associado aos critérios clínicos sugerem choque (taquicardia e taquipnéia, hipotensão, e redução do nível de consciência). O uso de diuréticos e conseqüente suspeita de hiponatremia e desidratação aponta uma causa hipovolêmica. São necessários os exames descritos acima para a avaliação do paciente em choque e elucidação das suspeitas diagnosticas.

Resposta Caso Clinico I

Afim de ser feita uma avaliação inicial da paciente poderiam ser solicitados os seguintes exames: glicemia, ureia e creatinina, eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fosfato, magnésio), hemograma e uma hemogasimetria. Esses exames poderiam confirmar ou excluir algumas suspeitas diagnósticas como cetoacidose diabética, uremia, distúrbios hidroeletrolíticos e de ácido-base. A partir dos resultados, caso estivessem normais, poderia ser realizada uma TC de cranio para afastar patologias ao nivel do SNC, como AVE e um processo neoplásico.

Rodrigo Oliveira

Resposta caso 1

Como o quadro da paciente se deu de forma gradual, precedido de confusão mental e não há déficit focal, deve-se imaginar inicialmente uma causa metabólica (encefalopatia metabólica). Dentre os distúrbios metabólicos possíveis de causar uma encefalopatia metabólica estão a hiponatremia, hipercalcemia, cetoacidose diabética, hipoglicemia, uremia ou insuficiência hepática. A paciente está em uso de Clortalidona, que pode levar a hipocalemia, hiponatremia e hipercalcemia (e ainda aumenta a uricemia e a reduz a tolerância a glicose). Desses distúrbios, o que mais possivelmente levaria a um rebaixamento do nível de consciência, seria a hiponatremia. Portanto, a paciente pode estar cursando com uma hiponatremia hipovolêmica em decorrência do uso de diurético. Devem ser solicitados inicialmente eletrólitos, glicemia, uréia, creatinina, função hepática e gasometria.

sugestão para o caso clínico 1.

sugestão: Solicitaria Uréia, creatinina, Na, Fração de excreção de Na, Na urinário, Sumário de urina, K, K urinário.

Suspeita Diagnóstica: Pct 81 anos, Rebaixamento NC + hipotensão + clortalidona + desidratação
1- Hiponatremia séc uso de diurético?
2-Uremia?
3-Hipocalemia?

Sugestão de visita aum blog !

Cara Lucimar e demais,

Gostaria de sugerir que visitassem o seguinte endereço (www.icuroom.net).
Este site surpreendente traz informações que nos ajudam no cuidado a beira leito de doentes graves em terapia intensiva além de disponibilizar protocolos dos mais variados temas.
Vale a visita.
Parabéns pela iniciativa do blog conte comigo para mantê-lo atraente e atualizado.

Rogério Passos ( ex interno UTI_HSR versão 97 a 98) :)

Curriculum Lattes

A todos
Bom dia.
Parabéns aos novos internos da UTI GERAL.
Sugiro a todos (inclusive os internos) rever ou criar seus curricula na plataforma Lattes. É absolutamente relevante para todos e em especial para os alunos que estão iniciando carreira com trabalhos científicos e oportunidades de aulas e congressos e estágios extracurriculares.
Não lembro o entereço mas acesso sempre pelo google.
Paulo Benigno

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Caso clínico - 1

Mulher, 81 anos, aposentada, admitida no hospital por rebaixamento do nível de consciência ( RNC) há 02 dias. Familiares referem que a paciente vinha bem quando há 30 dias começou a apresentar sonolência, confusão e desorientação que pioraram há 48h. Portadora de HAS em uso de clortalidona 25mg/dia e atenolol 100 mg/dia. Ao exame paciente em PEGN, desidratada 4+/4+, perfusão periférica comprometida. PA= 60 x 40 mmHg; FC= 132 bpm; FR= 24 irpm; temp= 37o. C, oximetria= 91%; peso= 60 Kg. BRNF, MVBD sem RA, abdome flácido, RHA +. Escala de coma de Glasgow = 9 ( AO=2; MRV=2; MRM=5) sem defict focal.
Quais exames devem ser solicitados?
Quais as suspeitas diagnósticas iniciais?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Aprovados seleção estágio 2007-2

Lista de internos aprovados em 17/10/2007
1. André Luiz Nunes Gobatto
2.Daniela Lima Dias Soares
3.Danilo Menezes Costa
4.Mateus Boaventura de Oliveira
5.Marcelo Porto Vieira de Campos
6.Luiz Gustavo Almeida
7.Maurício Lavigne Mota
8.Ana Luiza Guedes
9.Julio Cerqueira Sampaio
10.Victor de Cerqueira Lisboa
11.Vítor Sávio Costa
12.Bruna Natalie Dias Duarte
13.Rodrigo Reis de Oliveira
14.Carlos José Wanderley Souza
15.Carol Ferreira de Andrade
16.Lucas Regis Plácido
17.Maurício Fernando Lima
18.Thaynã Souto de Santana
19.Marcos Guedes Camandaroba

Suplentes:
1.Carlos Eduardo de Almeida
2.Gustavo Guimarães Sacramento
3.João Victor Barreto Mendonça
4.Tárcio Pereira da Hora
5.Cristiano Silva Nobre
6.Julia Campos Cabral
7.Thiago Alvim do Amaral

REUNIÃO COM TODOS AMANHÃ 14:00H NO AUDITÓRIO SANTO AGOSTINHO