quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Resposta caso 1

Paciente com FC >90 (132bpm) e FR > 20 (24ipm) e ITU evidenciada (SU 100 leucócitos/ campo) associada à RNC e hipoperfusão renal (disfunção orgânica) podemos dizer que está em sepse grave. Classificamos a paciente em um choque em estado hipodinâmico por apresentar RNC, taquicardia, taquipnéia, BE < -5 (-16), lactato > 4 (42) e hipotensão arterial. Sugere-se um quadro de choque séptico, apenas confirmado se não responder a reposição de fluidos.
Observamos por conta dessa deficiência de perfusão uma IRA pré-renal com azotemia o que pode contribuir para o RNC.
Observa-se uma acidose metabólica com compensação respiratória (pCO2 esperado de 32, igual ao resultado da gasometria) e a variação do pH não muito elevada, sendo que o BE sugere um quadro mais crônico/insidioso (BE= -16).
Cursou ainda com uma hipernatremia hipovolêmica (Na= 168 mEq) e hipercalemia.

Conduta:
Reposição volêmica, hemocultura, urocultura, antibioticoterapia de largo espectro esperando o resultado das culturas e suporte ventilatório não invasivo de aumento da oferta de O2, por exemplo, com uma máscara de Hudson e fluxo de oxigênio. ( relação PO2/FiO2= 342).

Administrar dobutamina associada à dopamina (em dose 5-10microg/kg/h contribuirá com natriurese) .

Para correção da hipenatremia, não repor mais da metade do volume calculado nas primeiras 24h para não fazer um edema cerebral (aconselha-se 0,5 mEq/l/h de correção).


Monitorizar o débito urinário para avaliar resposta ao tratamento e colher eletrólitos urinários (cateter de Foley).
SatO2 arterial e venosa, PAM invasiva, PAP, PVC e PCP (avaliar necessidade de Swan-Ganz conforme resposta da paciente).

Um comentário:

Lucimar Ferro disse...

Para estudo:
1. Dopamina não melhora a função renal.